Peça realizada para a Câmara Municipal de Santarém a propósito da comemoração dos 50 anos do 25 de Abril.

Para esta comemoração, o Estúdio Pedrita representou o povo anónimo que, para além de todos os símbolos e personagens-chave do movimento, encheu as ruas naquele e noutros dias onde, por via da Revolução dos Cravos, a liberdade passa a poder ser exercida e celebrada. 25 de Abril Sempre, para sempre. Todos os dias. É um povo – livre, como nós hoje –, que é representado na obra. Um close-up trabalhado a partir de uma fotografia de Alfredo Cunha, onde uma multidão se manifesta livremente numa iniciativa de apoio ao V Governo Provisório. Os rostos anónimos de populares na revolução tomam forma na composição realizada em azulejos industriais fins de linha criada pelo Estúdio Pedrita. Um sortido de padrões, texturas e cores – representativos de uma indústria que democratizou o uso do azulejo como revestimento parietal e que proliferou no pós-25 de Abril – combinam-se para revelar, à distância (temporal e física), personagens aleatórios representativos de todos os populares anónimos que se juntam, até hoje, livremente nas ruas pela democracia em Portugal. Livres, sempre.
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Artwork created for the Municipality of Santarém to commemorate the 50th anniversary of the 25th of April Revolution.

For this commemoration, Pedrita Studio represented the anonymous people who, in addition to all the key symbols and characters of the movement, filled the streets on that and other days where, due to the Carnation Revolution, freedom can now be exercised and celebrated. 25 April Always, forever. Every day. It is a people – free, like us today – who are represented in the piece. A close-up based on a photograph by Alfredo Cunha, in which a crowd demonstrates freely in support of the Fifth Provisional Government. The anonymous faces of the populace in the revolution take shape in the composition made up of end-of-line industrial ceramic tiles created by Pedrita Studio. An assortment of patterns, textures, and colours – representative of an industry that democratised the use of tiles as wall cladding and which flourished in the post-25 April period – combine to reveal, from a distance (both temporal and physical), random characters representative of all the anonymous people who, until today, still gather freely in the streets for democracy in Portugal. Free, always.
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photo credits: Francisca Siza